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Amamentação sob a perspectiva de uma mãe nutricionista

  • Flávia Lúcio P. de Paula
  • 8 de fev. de 2018
  • 2 min de leitura

Imaginem a seguinte situação: uma nutricionista dando à luz ao seu primeiro filho com a promessa irrefutável de amamentar seu filho exclusivamente descobrir que não produz tanto leite quanto gostaria.

Nossa, mas será esta uma maldição para o profissional da alimentação? Com certeza não. Faço meu relato de forma informativa, educativa e tranquilizadora para futuras mamães. Existem sim mulheres que não produzem a quantidade suficiente de leite materno que a criança precisa. O leite é sempre de excelente qualidade com a proporção adequada de nutrientes além de anticorpos que protegem o bebê de forma muito inteligente.

No meu caso, passei por um procedimento cirúrgico estético das mamas quando tinha uns 21 anos e parece ser ele a causa da minha produção de leite insuficiente. Portanto, se for possível evitar qualquer intervenção cirúrgica das mamas antes de ter filhos, evitem, pois a importância da amamentação fica muito mais evidente quando o bebê está em seus braços.

Nenhuma fórmula infantil vai produzir anticorpos como acontece com a mãe. Por exemplo: a mãe fica gripada e continua amamentando em contato íntimo com o bebê, pois ao adoecer já começa a produzir anticorpos para proteger a criança. Ela não pega sua gripe. É maravilhoso saber disto.

Por isso quem tiver muito leite, aproveite com prazer este momento que garante um futuro de muita saúde para seu filho.

Em segundo lugar, é preciso cuidar do equilíbrio emocional sem ter medo ou vergonha de pedir ajuda ao médico que faz o acompanhamento, pois disto também depende uma boa produção de leite. O médico tem que saber das angústias e das oscilações no volume de leite, pois há até medicação indicada para estimular a produção do leite.

Finalmente, consumir muito líquido é importante, mas muito líquido mesmo. É possível perceber a perda de líquido rápida durante a amamentação pela sede excessiva e lábios ressecados quando não é feita a reposição adequada (pelo menos dois copos de água em cada mamada).

Todos os cuidados foram tomados e a quantidade de leite não aumenta? Bom, complementem as mamadas com leite artificial sem medo. Não hesitem porque o bebê ganha e perde peso com muita facilidade e os primeiros meses são essenciais para um futuro mais tranquilo com desenvolvimento pleno. É recomendado oferecer os dois seios caso o bebê demonstre vontade chupando os dedinhos sem parar (trocar de seio quando o bebê fica nervoso porque parece que não consegue sugar mais nada e o seio parece estar vazio, flácido). Se mesmo assim o bebê continua querendo sugar pode-se iniciar preparando uma medida de complemento (o profissional de saúde que faz o acompanhamento do bebê indica o melhor produto) e aumente o volume conforme a necessidade. O ideal é que sempre sobre um pouco para que se constate o volume ideal a ser complementado.

Concluo, porém, que o melhor é ter certeza da necessidade de complementar, pois a ansiedade pode não só inibir a produção de leite, mas principalmente ofuscar a visão da mãe que pode estar com a produção suficiente e desiste de amamentar precocemente. A dica final para tornar a amamentação um benefício para saúde do bebê e da mãe é solicitar a ajuda das enfermeiras durante a internação no pós-parto.


 
 
 

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